quinta-feira, abril 28, 2011


reservem uns charters para dublin, que isto até vai queimar borracha!
"Com uma nitidez de brasa via-se perdida numa encruzilhada de dois mundos impossíveis: o velho, que lhe parecia condenado, sem remissão, e o novo para onde não tinha coragem de caminhar abertamente."

- Miguel Torga

Young Cardinals



"Oh, young cardinals
Nesting in the trees
Oh, hear our songs
And reign your innocence on me"

quarta-feira, abril 27, 2011

Without A Sound



"You rush up to the top
To find that you had lost
In my mind y
ou're still in the lead
And you,

You're all I ever need
You're all I ever need

You left a heavy heart
Tried to pull apart
At some point you'll have to make a stand
And you,

You're all I ever need
You're all I ever need

Rush by, hand in hand
Fall from the sea to land
Don't let the sun go down
Around this life, around this life.

You run into the ground
Death without a sound
In this life you've got to struggle on
And you,

You're all I ever need
All I ever need
All I ever need
You're all ever need
You're all ever need
All I ever need

No, none of this will count
Death without a sound."
"Não dá bobeira não
Cê tá na minha mão
Segunda-feira
É só história pra contar
Não vem com ideia, não
Não quero confusão
Mas vamo junto que hoje
O bicho vai pegar...

Tem dia que a criança chora
Mas a mãe não escuta
E você nada pra fora
Mas a vala te puxa
Hoje pode ser meu dia
Pode até ser o seu
A diferença é que eu vou embora
Mas eu levo o que é meu!"

terça-feira, abril 26, 2011

com as mãos esfoladas é mais difícil escrever. é mais difícil fazermo-nos ouvir quando toda a gente à nossa volta já meteu tampões nos ouvidos. escrever então? berrar então? moço, sabes bem que vai ser TÃO inútil. mas, se cá estamos, porque a verdade moço, a verdade moça, é que aqui estamos, então terá de haver luta. porque eu não me vou sem ser estropiado. ou sem um sorriso na cara. garanto apenas, que vai ser bem fodido.

"I've seen a rich man beg
I've seen a good man sin
I've seen a tough man cry
I've seen a loser win"


Walk



"A million miles away
Your signal in the distance
To whom it may concern
I think I lost my way
Getting good at starting over
Every time that I return

I'm learning to walk again
I believe I've waited long enough
Where do I begin?
I'm learning to talk again
Can't you see I've waited long enough
Where do I begin?

Do you remember the day
We built these paper mountains
Just to sat and watched them burn
I think I found my place
Can't you feel us growing stronger
Little conqueror

I'm learning to walk again
I believe I've waited long enough
Where do I begin?
I'm learning to talk again
I believe I've waited long enough
Where do I begin?

Now
For the very first time
Don't you pay no mind
Set me free again

You keep alive a moment at a time
But still inside a whisper to a riot
To sacrifice but knowing to survive
The first to cry another state of mind
I'm on my knees, I'm praying for a sign
Forever, whenever
I never wanna die
I never wanna die
I never wanna die
I'm on my knees
I never wanna die
Dancing on my grave
Running through the fire
Forever, whenever
I never wanna die
Never wanna leave
Never say goodbye

Learning to walk again
I believe I've waited long enough
Where do I begin?
I'm learning to talk again
Can't you see I've waited long enough
Where do I begin?

I'm learning to walk again
I believe I've waited long enough
I'm learning to talk again
Can't you see I've waited long enough."

domingo, abril 24, 2011

A culpa é minha por nunca te ter conseguido explicar no que consistia uma festa. É que a magia não reside na festa em si, mas no que vem depois. A festa é um desencontro ritmado. Todos querem o mesmo, uns encontram e entretêm-se, enquanto os restantes os invejam. Mas o que vem depois é tão mais puro. A culpa é minha. Por nunca to ter dito, embora tenha tentado mostrar. Mas não dava para te pôr a música que pus nos meus ouvidos ou as memórias que correram na minha cabeça. Tão pouco o sorriso dos meus lábios. Nas veias só as saudades das terras que nunca pisei e das lembranças que são só minhas, não importa quantas pessoas me envolvam e decepcionem com o meu discurso por não o entenderem. Eu falo isto por mim. Porque isto já é a memória de um tempo mais puro do que o acordar de amanhã. Gostava que tivesses visto. Os meus vales viram. As minhas árvores também. As árvores medonhas, que as intempéries da minha adolescência curvaram para me verem. Solenes, como o compasso, assistiram a um movimento que eu desenhei como se a noite não se completasse até eu a dançar. E digo-te, percorreu-me dos calcanhares à ponta dos dedos maltratados. Julgo, até, que a presunção me mataria se o sentimento não fosse tão genuíno. E o céu estava tão lindo. Estrelado como das vezes em que me escapulia até mais tarde, no Verão, para o ver. A solidão da noite, a minha amante por excelência que, não obstante, os desgostos, me recebe e acarinha como numa lua-de-mel após a morte de um ente querido. Eu não acabo esta noite, porque a noite vem de trás, vem comigo, até quando entro em casa e a música acabou. Não teria chegado até tão longe sem elas. Não teria chegado até esta caneta e estas páginas se não fosse para dizer o quanto estou feliz.

sábado, abril 23, 2011

I AM AN OBSESSED DREAMER!

I am a kid called dreamer.
I really could be
in a rock n roll dream.
The Dreamers, remember?
Remember the 5th of November.
And the 4th of July.
Or the 7th of January.
We all have become
what we most dislike
in this
picket
fence
cartel,
tell, tell,
there's
nothing left
to tell.

não deixes de acreditar

"sessões de grupo
sentimentos em bruto
desde puto fizeram-nos crescer neste meio em absoluto
esta merda, mano, fez-me acordar para a vida
como um puto de 14 perdido sem rumo, á deriva
nascemos para isto
já me mentalizei disso
faço aquilo que gosto
tenha ou não tenha guito
não quero ser escravo
num Estado desiquilibrado
a felicidade é crucial
no dia-a-dia pra ser posta de lado
coca-cola, sumol são gostos supostos
num dia aplaudem noutro furam-te os bolsos
porque a miséria, não escolhe caras nem corações
sexos opostos raças ou defirentes religiões
somos a voz dos que não podem falar
encarcerados na luta
não deixes de acreditar

sem música não há vida
sem vontade não se realiza
e dás por ti desiquilibrado, levado ao sabor da brisa"

quinta-feira, abril 21, 2011

por estas e por outras: lol
(foto retirada da página de Facebook "O Departamento do Jogador Chinês")

Wanna Make It Wit Chu



"You wanna know if I know why?
I can't say that I do
Don't understand the evil eye
Or how one becomes two
I just can't recall what started it all
Or how to begin in the end
I ain't here to break it
Just see how far it will bend
Again and again, again and again

I wanna make it
I wanna make it wit chu
(Anytime, anywhere)

I wanna make it
I wanna make it witchu
(again and again and again)

Sometimes the same is different
But mostly it's the same
These mysteries of life
That just ain't my thing

If I told you that I knew about the sun and the moon
I'd be untrue
The only thing I know for sure
Is what I won't do
Anytime, anywhere and I say

I wanna make it
I wanna make it wit chu
(Anytime, Anywhere)"

And I

segunda-feira, abril 18, 2011

YESTERDAYS



"Up from the ashes and over the hill
We knew more then than we ever will
Back when the days passed by so slow
And now we'll never know
That sense that tomorrow was far away
And our dreams they will never fade
We never thought the good times could end

Can we go back to those days - When everything was simple then?
And nothing could ever change
Can we go back to those days - We didn't have a care at all
I wish I could remain - Back in yesterdays

Upon the shadows of the days gone by
They seem like scenes from a different life
We didn't notice as the days went past
We knew it couldn't last
But looking back I wouldn't change a thing
The memories shared they'll always stay with me
We never thought the good times would end

Can we go back to those days - When everything was simple then?
And nothing could ever change
Can we go back to those days - We didn't have a care at all
I wish I could remain - Back in yesterdays"

Way Back Home

sexta-feira, abril 15, 2011

É bonito



e não são precisos ronaldos ou mourinhos.

Prémio Nobel



"Sublinho e cito...o aplauso morre, os prémios envelhecem e os acontecimentos são esquecidos
Aqueles que realmente triunfam não são os que têm credenciais, são os que realmente se importam
À nova geração na frente da batalha, na reinvindicação pelo direito à palavra
Na medicina, no ensino e na ciência, e movimentos na defesa pelo verde no planeta
À mãe que teve a força de dar luz a um filho...fruto da foda de um renegado malvado
A toda a classe construtiva e produtiva, o país é a máquina e vocês a energia
Aos portugueses que migram pelos ventos e quimeras de ofertas de uma vida mais decente
Prémio Nobel do instinto da vida, para a mulher que é vítima e suporte da família
Homenageio-vos com música e poesia gratuita, um pouco de humildade, sabedoria e boa vinda
Troféus sepultados pela poeira da existência, velhice à adolescência o ciclo da vivência
Idosos apanhados pela solidão do tempo, tou sentado na lua...consigo ouvir o vosso lamento
Um consolo é uma diferença de um amigo, um minuto de atenção pode mudar um destino.

Os prémios envelhecem, as pessoas ficam
Quem serão as que realmente brilham...
O triunfo nasce mas é esquecido
Aplaudido por estrelas que partiram.

Quanto vale uma imagem, um registo um documentário, uma filmagem, um sacrifício
Um prémio, medalha de mérito pelo risco, aos que captam pedaços deste mundo em que vivo
Envio paz distante para amigos distintos, e aos que lutam por causas com efeitos positivos
Um Nobel da esperança para todo o pobre, temos lágrimas diferentes mas o mesmo sangue nobre
Vencedores envelhecem, memórias ficam, prevalecem protegidas por astros que não brilham
Tantos nomes, tantas almas, tantas pessoas, a homenagem é grande, mas as linhas são tão poucas
Milhares que vacilam como gotas numa clepsidra, mas o reconhecimento vem depois da perda
Ser incógnito não é um problema...ter orgulho é a vacina às cicatrizes da diferença
A virtude é como um quadro abstracto mas incompleto, dêem luta nesta puta de vida, a sério...
Quantas mentes brilhantes no anonimato? Quantas mentes falsas no estrelato?
Um abraço caloroso pelas raízes deste povo, aprendam a reconhecer também quem vos é próximo
Os reais prémios vêm com o anoitecer, e cintilam mediante o reflexo do teu valor...

Os prémios envelhecem, as pessoas ficam
Quem serão as que realmente brilham...
O triunfo nasce mas é esquecido
Aplaudido por estrelas que partiram."

quarta-feira, abril 13, 2011

copo vazio

"tell me about the old days.
staring nothing but your smile,
those legs and those eyes."

a panorâmica primaveril espraia-se pelo mato e vales que me cinzelaram como sou. a realidade não deixou de se agigantar com o passar dos anos, nem de ser menos abismal como o era quando eu era uma criança. não há tempo que atenue a a minha aterragem neste sítio. os vidros das montras retornam um olhar inseguro. e não entendo onde é que foi, que a meio do caminho, eu e o mundo derivamos em pólos opostos, inconciliáveis. não entendo o que fez dores de crescimento parir criaturas tão horrendas. moléculas de um todo a escorraçar-me para a minha casa, como se fosse eu o agente invasor do seu suposto habitat. camaleões fantásticos, honra lhes seja feita. juntos a quem, não poucas vezes, gritaram palavras de ordem. parece tão fácil esquecer. restam-me as saudades de um lar, que ao contrário da natureza, mingou. um lar, que se o é, não é meu. resta-me uma gruta, que o tempo elevou a templo e o tempo despromoveu a chão.resto-me a mim. igual. indivisível. avesso à mudança e aos outros. mas ferido por uma lâmina branca, perdida algures na carne, caco de dias como este onde apenas um lugar fazia sentido.

Pólos Opostos



"Já me senti mais perto, mas já estive mais longe
Eu fui um jovem ontem, e sou um homem hoje
O tempo era lento, agora passa a correr
Já vivi nesse sonho, agora tento não adormecer

Antes viver na luz, que morrer à sombra
Antes pacificar do que ajudar a armar a bomba
Tu sê mais criativo do que competitivo
Isso é imperativo, isto é só um aperitivo
Para abrir o apetite das consciências mais famintas
Será que não vês a gravivade as armas com quais tu brincas?
Mano, nesse presente não existe qualquer futuro
Será que estás consciente do quanto isso te torna imaturo?
Encontrei um dia enquanto me perdia a medida que lia
Tudo aquilo que escrevia foi um momento de magia
Não chegaria até aqui sem decifrar os sinais
Teria ficado pelo caminho, pelo caminho que tu vais...


Para mim começava a noite onde nascia o dia
O sol não espreitava, quase sempre chovia
Sempre fui um sonhador no bairro do pesadelo
Uns tentavam calá-lo, eu tentava dizê-lo
A pulmões abertos, lábios cozidos, fechados
O silêncio dos inocentes a gritos estridentes culpados
Sou uma moeda com a mesma face em ambos os lados
Sou a calma da vitória e a fúria dos fracassados
Em trajectória descendente mas em constante ascenção
Em modo permanente frente aos que raramente lá vão
Eu subo e desço o degrau, sem mudar de direcção
A escrita precisava de vir e eu dei-lhe o meu coração
Eu dei-te a minha atenção e num momento de distracção
Não percebeste que era real e não uma mera ilusão

O que é bom acaba rápido, o que é mau permanece
essa lição o aluno jamais esquece...

Sei bem quanto custa nada é gratuito
Coração quente, por vezes frio como o granito

Eu fiz alguns amigos, ganhei alguns inimigos
Mas a maioria não não me conhece, são os desconhecidos
Somos comprometidos com a desconfiança
Pela conversa de adultos na boca de uma criança

Sou uma mente forte embutida num corpo fraco
Piloto sem avião, marinheiro sem barco
Um momento esquecido de um dia para sempre recordado
Sou o trabalho de fundo por vezes sub-valorizado
Não vou fazer juízos, prefiro ser advogado
Daquele que inocentemente por todos é condenado

Minha riqueza espiritual, paga contribuição fiscal
Para sempre é livre como um escravo do poder estatal
Sou um comum mortal, o erro da virtude
Aquele que morreu de sede frente à fonte da juventude..."

segunda-feira, abril 11, 2011

Divine Intervention



"You don't need divine intervention for all the things that you never can face,
you don't need good intentions cause in the end it is all just a waste,
we all need an endless vacation from all the problems the world can provide,
just need reconciliation to repair what is wrong in your live,
I can't face the day, don't wanna try, I wanna waste away till I'm lost,
save me from all the chaos, I'll radiate till I'm gone so wait,
wait, so many things that you'll never break away,
wait, wait, save your answers, there's nothing when you're gone from here
It's only another day wasted that's replayed in the back of your mind,
snapshot, you suffocated among the shadows and little white lies,
you don't need a crude benediction, a pale savior you can sacrifice,
you just need a new definition when you're feelin' alone in the night,
you can't face the day, don't wanna try, I wanna waste away till I'm lost,
save me from all the chaos, I'll radiate till I'm gone so wait, wait,
so many things that you'll never break away,
wait, wait, save your answers, there's nothing when you're gone from here

You don't need divine intervention for all the things that you never can face,
you don't need good intentions cause in the end it is all just a waste,
we all need an endless vacation from all the problems the world can provide,
just need reconciliation to repair what is wrong in your live,
to repair what is wrong in your live, I can't wait,
wait, so many things that you'll never break away,
wait, wait, so many things that you never get a say,
wait, wait, so many things that you'll never break away,
wait, wait, save your answers, there's nothing when you're gone from here
You're gone from here!"

I Swallowed Hard, Like I Understood

domingo, abril 10, 2011

A ver se sai

Escrever implica, para mim pensar, porque escrever implica transcrever o que penso, sem pensar. Tenho pensado demais: não tenho conseguido escrever. Optei gaguejar músicas e desculpas: toda agente entende, toda a gente chega lá e eu fico no meu canto: a verdadeira verdade indesmentível. Prefiro assim. A fisiologia pode dar mais que fazer, mas este "status" já tinha a lição estudada, e sobrevive-se. Deixarei de dispensar os espelhos retrovisores, nem que o lugar do passageiro vá ocupado e por alguém que me ajude nas manobras. E fico satisfeito (comigo mesmo) por entender que esses slogans turísticos de países em sublevação são uma anedota de todo o tamanho, no que se refere a segurança.

Os importantes ficam. Aos importantes, não permitimos que partam.
Tudo o resto passa. Ainda que tragicamente.

terça-feira, abril 05, 2011

"Say a prayer for me
God knows I can't control myself
A new storms coming, and it won't be long
Mama said I was a no good son
I think it's time for me to make my mark
Headlines and police cars...
A tragedy from the start"