This is prophylaxis, a practiced absence, a safer distance.
He is a fine clinician to diagnose this, a sound decision.
This is a family practice, it's anesthetic, it's nonreactive.
This is a termination, a fine resemblance, but no relation.
Em Outubro de 2011 divulguei neste blogue a edição do meu primeiro livro, intitulado "X". Uns bons meses depois chegou a hora de fazer a apresentação oficial do dito cujo. Embora me encontrasse um tanto reticente quanto a fazê-lo, concluí que seria a melhor forma de fechar o ciclo que iniciei algures em 2008 quando decidi escrevê-lo. Sem grandes aparatos e sem falsos pretensiosismos, arruma-se o assunto e depois festeja-se com uns copos o último adeus ao tal jovem sonhador e doloroso que já carreguei ao peito.
A apresentação será na Galeria Gabinete, na Rua Alfredo Pereira, em Penafiel, dia 28 de Julho, às 22h, para quem quiser e puder aparecer.
Um dos responsáveis pela minha paixão pela História Portuguesa. Porque mais ninguém falava daqueles tempos longínquos até onde chegavam os horizontes da memória, como ele falava.
"Why don't you ask the kids at Tiananmen Square? Was fashion the reason why they were there? They disguise it, hypnotize it Television made you buy it
I'm just sitting in my car and waiting for my
She's scared that I will take her away from there Dreams that her country left with no one there Mesmerize the simple minded Propaganda leaves us blinded
I'm just sitting in my car and waiting for my girl I'm just sitting in my car and waiting for my girl
I'm just sitting in my car and waiting for my girl I'm just sitting in my car and waiting for my Girl!"
"Turn the lights off, turn the lights off Your daddy better lock up his girl Say a prayer boy, call on the cops 'Cause you ain't gotta run when the music comes on
Board up the doors, the windows And keep your crying under your breath 'Cause I smell a drop of fear in a ten gallon tank And I'm movin' in for the kill Yeah, in the wild kingdom!
You don't live 'til you're ready to die You don't live 'til you're ready to die You don't live 'til you're ready to die You don't live 'til you're ready to die!"
quarta-feira, julho 11, 2012
Preciso de tempo. Preciso de segurar, suster uma porção exacta de tempo. Da mesma forma que, à beira-mar, necessitamos de encher as mãos em concha com areia. Da mesma forma que, no alto do monte, precisamos dos pulmões cheios com ar fresco. É assim que eu preciso de tempo. O tempo todo que puder e fizer sentido eu ter, e não mais do que esse.
Lembro-me de como custou renascer. Iniciar. Lançar o dado pela primeira vez para escolher quem começava a fazer apostas de sorriso aberta e expressão fechada para não denunciar jogo. Lembro-me de passar tormentas, de sobreviver a farras, pensar em que raio de carreira me tinha eu metido enquanto estudava. Lembro-me de procurar em cada rosto uma esperança, nos seus discursos uma inspiração, nos seus feitos uma aventura, e acabar o dia, cansado e desalentado. Lembro-me de quando o início já não o era e até o fim começava a deixar de o ser, prepararam-se outros jogadores para o tabuleiro. Lembro-me de ter ficado chateado, muito chateado mesmo quando emprestei o "Acrobatic Tenement", com um V de volta, e ele não voltava. E quanto voltou nunca percebi muito bem se foi ouvido e amado como eu o ouvi e amei. Mas a ideia de partilhar música paga, compilada, escolhida por mim com os meus sempre foi uma das minhas formas predilectas de dizer a essas pessoas que gosto delas. Lembro-me de quando acabou. De quando tivemos de fazer as malas do nosso futuro. De quando, arrogantes e estúpidos nos achávamos todos prontos para o mercado trabalho, a democracia e o mundo em particular, e empunhamos gravatas. Era apenas outra iniciação. Agora, o mundo secou e com ele a diversidade da criação que floria em mim, e restantes auto-denominados artistas. Turbarões afiam as pressas, eu sei, para me levarem até os ossos. A quem emprestei o "Acrobatic Tenement" e outros companheiros não se fizeram ver num raio de quilómetros desde então. A inicação estava condenada a esta aridez desde o princípio, a do inferno com uma rua de sentido único. Lembro-me de achar que seria bom construir um meio (de sustento) para um fim (de curto prazo) que seria o pão-nosso da felicidade do quotidiano. Temo ser hoje mais céptico do que isso. "Parting contestants never seem to win." Vamos crer que este desalento é apenas mais uma iniciação, que vai sair gorada dentro de meia dúzia de anos, quando alguém devolver o cd que falta.
(leva os nossos ossos dentro de um saco. eles chocalharão quando o sol sorrir ou te quisermos falar. aconchegar-te-ão quando a tua fúria te levar às lágrimas. orfã selvagem e sem terra, comê-la-ás para sentires que a tens, carregar-nos-ás para sentires que te amam. nós, despojos de um mundo destruído, amar-te-emos.)