This is prophylaxis, a practiced absence, a safer distance.
He is a fine clinician to diagnose this, a sound decision.
This is a family practice, it's anesthetic, it's nonreactive.
This is a termination, a fine resemblance, but no relation.
nesta nova espécie de Estado (Pós-Estado a que isto chegou): um Estado nada social, pouco democrático e do possível Direito, há extremos de opinião que nos deviam preocupar a todos. por um lado temos pessoas que não se coibem de arremessar pedras da calçada sem olhar bem a quem, sem parecer sequer saber bem contra quem se dirige essa agressão. entre o desespero, a vontade de responder com violência física à violência económica, puro vandalismo, auto-defesa, etc, cada um encontrará a explicação que julgar mais esclarecedora, ou só mais conveniente. quanto aos do outro lado da barricada, estão os que cumprem ordens, de superiores, de comités internos, de colégios externos, de um eleitorado (imaginado, suponho). destas bandas, o discurso é mais polido, menos inflamado (como se isso fosse sinónimo de razão), mais legitimador, paternalista, moralista. no fundo, a defender a sua bitola, e a sua sardinha na brasa. o que é inadmissível é considerarem-se situações em planos semelhantes. que alguém que arrisca um emprego, para se ir manifestar se tenha de sujeitar a levar um enxerto de porrada por algo que não fez, a ser gravado pelas forças de segurança ao arrepio de todas as demais garantias de privacidade existentes na Lei e na Constituição, seja privada das demais garantias de um processo penal, cuja abertura é fruto de décadas e séculos de luta contra o livre arbítrio das autoridades na aplicação da justiça. no fundo, só o facto de quem de Direito considerar que a força justifica alguma coisa, já parte em erro. e não fosse uma série de medidas tomadas noutras manifestações bem mais pacíficas, talvez não tivéssemos assistido ao escalar de violência que vamos assistindo (quem não se lembra dos jornalistas espancados?). um acto dum desesperado será sempre um acto dum desesperado. talvez devesse haver mais preocupação com a proliferação de desesperados. agora se as forças de segurança são geridas por desesperados, e o Estado de Direito é um Estado de Sítio, onde vale tudo, e ninguém nos alertou, então não há troika, nem renegociação da dívida que nos salve, pois estamos entregues ao pior da bestialidade que há em nós sem nenhuma razão ou serenidade que a encabece.
"Something kinda sad about the way that things have come to be. Desensitized to everything. What became of subtlety? How can this mean anything to me If I really don't feel a thing at all? I’ll keep digging ‘till I feel something. Elbow deep inside the borderline. Show me that you love me and that we belong together. Shoulder deep within the borderline. Relax. Turn around and take my hand."
sexta-feira, novembro 02, 2012
fazemos peito, cerramos punhos, rangemos dentes, sorrimos ao apocalipse e vamos.
mandamos bocas, distribuímos abraços, levantamos a cabeça, olhamos os outros e continuamos.
deixamo-nos estar, amaldiçoamos o ficar, morremos mais um pouco, mas mais devagar e vivemos.
não há mais palavras de ordem para gritar, só slogans ocos dentro da boca.
somos uma caricatura da imagem que ostentávamos e queríamos crer que os outros admiravam.