Acho que a minha forma favorita de descobrir música nova ainda é através das recomendações de amigos. "Já ouviste o novo do Kamasi?", "Vais ao lançamento do novo do David Bruno?", "Ouve Kanaan. Puta de jarda, Pedro", ou uma partilha de link sem aviso ocupam um lugar especial na espuma dos meus dias. Não que os algoritmos não sejam úteis, porque são. Permitiram-nos tropeçar em muitas coisas novas boas ao longo dos últimos anos. Estar um passo à frente da saudável concorrência da descoberta amadora pela vanguarda musical de. Mas não são a cena. Não são um selo de qualidade de alguém que nos é querido. Ou a promessa de um grande concerto em que vamos estar abraçados uns aos outros. Ou do potencial uma cantoria noite dentro, já com umas cervejas bem bebidas. No fundo, partilhar música é um acto de amor. Ouvi-la é eternizar um pouco a pessoa e o momento em que a ouvimos pela primeira vez.