terça-feira, dezembro 28, 2010

cieiro

cieiro quando escolho o frio. cieiro quando existem toneladas de cidades entre nós. são gretadas as mãos que te escrevem.
cieiro quando a televisão se apaga e cieiro quando o cigarro se acende. há uma dor de garganta que o porto nunca amansa.
cieiro quando o céu arrefece com o poente laranja. cieiro na rua à hora da consoada. a cidade decretou silêncio.
cieiro quando retomamos. cieiro quando partimos. cieiro no coração que construímos.
cieiro quando voltamos
a despedir-nos.

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