quarta-feira, agosto 10, 2011

Fura-me as Fintas parte 4

Último massacre de tiradas fura-videanas. Fica a esperança de desencantar mais episódios porque a série é uma elegia à "poesia" portuguesa:


"- Passa uma noite com ela e vais ver! Bem, quando tu me disseste que ela era uma atleta, tu não me disseste que ela era campeã do lançamento do peso, pois não?
- Sempre pensei que vocês se dessem bem. Sempre que te via com ela, tu rias, rias...
- Tinha que rir, Quim, tinha que rir. Então, estava cheio de medo! A Tina Matulona, de cada vez que lembro dessa noite... Então e quando ela pegou em mim e me lançou contra a parede?"

"Quim, isso não é uma visão de amor perfeito, Quim! Isso é um anúncio dum iogurte adelgaçante!"

"- Foste tu que a convenceste a sair comigo?!
- Mentira! Não convenci nada, eu paguei-lhe."

"Tu achas que alguma vez na vida o teu irmão ia vender uns alarmes que funcionassem? Nunca! O alarme é amigo da polícia, a polícia é nossa inimiga."

"- Em que é que trabalha?
- Import e Export de produtos de qualidade."

"- E o teu marido? Onde é que ele está?
- Não sei, nem quero saber. Saiu para se inscrever no centro de emprego. E até hoje nunca mais voltou. Foi há ano e meio.
- Como as coisas estão, provavelmente a esta hora ainda está na bicha."

"A recordação mais presente que tenho da minha infância és tu à frente dum espelho. Até aos 4 anos ainda pensei que tivesses um irmão gémeo."

"- É um anel de noivado, Quim?
- Não, é um conjunto de chaves inglesas."

"Ponto um: nós somos vendedores sem nada para vender, certo? Ponto dois: nós somos vendedores sem dinheiro para comprar, certo? Ponto três... Ah, não há ponto três, mas a solução é a seguinte, estão preparados? Nós só temos de arranjar uma maneira de fazer dinheiro a partir do nada!"

"Com a sorte que a gente anda se agora atirasse uma moeda ao ar aposto que ela não descia. Eu nunca quis grande coisa da vida! Só queria gastar um bocadinho mais do que aquilo que tenho!"

"- Dantes, Grande Chefe (Juiz), ele pegava-me nas minhas cassetes do Richard clayderman, punha-as a tocar e dançava. Agora pega nelas e trinca-as como se fossem tabletes. E o pior são os ataques de amnésia que o fazem estar sempre a cair.
- Não consigo estabelecer relação... Como é que a amnésia provoca uma queda?
- É porque ele não se lembra que não pode andar."

"- Um rinoceronte. Mas ninguém sabe que ele fugiu.
- Pera aí, vamos lá ver: havia um rinoceronte e de repente já não há. Como é que ninquém sabe que ele fugiu?
- Não sejas idiota. Eles tinham mais do que um, praí três ou quatro."

"- E porque é que o rinoceronte anda a matar as pessoas?
- O que é que você queria que ele fizesse? Que fosse assistente social?"

"- A mãe dela é que era boa como o milho! Feia como os trovões, raios a partissem, mas muita boa. Até lhe dei a alcunha de miss 112. Porque só lhe telefonava em caso de emergência."

"- Uma vez o pára-quedas não abriu...
- E depois?
- Aterrei mal. Mas eles ensinam-nos a cair. Enrolei-me, tás a ver?
- Engraçado... Desculpa, não leves a mal, mas eu sempre tive a ideia de que os pára-quedistas eram assim um bocadinho mais altos.
- E são, e são. O Quim, por exemplo, tinha 1,80m, só que, como ele próprio disse, aterrou mal."

"Olá Dora! Arranja um Singapura By Night para mim, e um brandy com uma gotinha de cuspe aqui para este."

"Nos States tu dás um peido e há logo alguém que o quer comprar!"

"- Quim, estou a tentar fechar um negócio. Importas-te?
- Não. Até me exporto."

"- Foram as últimas palavras que eu te ouvi, quando emigrei: «daqui a um ano tou rico». Já lá vão 15 anos.
- Eu gosto de ir devagrinho..."

"- Pá, é o meu país.
- Mas há um cheirete a fracasso por todo o lado!
- É um cheirete, um cheirete a fracasso, mas é um cheirete nosso, um cheirete português. Tenho muito orgulho nisso!
- Mas os portugueses não têm coragem.
- Não têm? Quem é que foi à Índia? Ah? Quem é que foi ao Brasil? Se calhar foram os camones que foram dar porrada ao Adamastor! E a Ponte Vasco da Gama? E o campeonato de hóquei em patins em Famalicão? E os nossos presidente não obrigam ninguém a ajoelhar-se... até ver!"

"- Mas eu nem sequer sei falar inglês.
- Não interessa. Os gajos lá só falam em dinheiro."

"Disse para os meus botões: «o Joca acertou em cheio! Este nosso lindo país vai entrar na Idade de Ouro do mercado negro, e nós vamos ser os primeiros a lá chegar.»"

"- Sabem, se eu quiser dar uma volta à minha propriedade de carro, começando às 9 da manhã, só acabo lá pras 2 da tarde.
- Nós também já tivemos um carro assim."

"- Isto pra nós é como se o Pai Natal tivesse vindo mais cedo. Além disso, se não houvesse intermediários vigaristas como nós, o Maló não via puto.
- Quim, é imoral.
- Pois é, estamos numa economia de mercado.
- Quim, então é ilegal, não é?
- Tá bem, mas cada um de nós pode empochar 500 mocas.
- É uma burla!
- É. Alinhas ou nao?
- Alinho."

"- Oh, La palice!
- Que é que isso quer dizer?
- Parvoíce. É francês."

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