Acho que a minha forma favorita de descobrir música nova ainda é através das recomendações de amigos. "Já ouviste o novo do Kamasi?", "Vais ao lançamento do novo do David Bruno?", "Ouve Kanaan. Puta de jarda, Pedro", ou uma partilha de link sem aviso ocupam um lugar especial na espuma dos meus dias. Não que os algoritmos não sejam úteis, porque são. Permitiram-nos tropeçar em muitas coisas novas boas ao longo dos últimos anos. Estar um passo à frente da saudável concorrência da descoberta amadora pela vanguarda musical de. Mas não são a cena. Não são um selo de qualidade de alguém que nos é querido. Ou a promessa de um grande concerto em que vamos estar abraçados uns aos outros. Ou do potencial uma cantoria noite dentro, já com umas cervejas bem bebidas. No fundo, partilhar música é um acto de amor. Ouvi-la é eternizar um pouco a pessoa e o momento em que a ouvimos pela primeira vez.
This is prophylaxis, a practiced absence, a safer distance. He is a fine clinician to diagnose this, a sound decision. This is a family practice, it's anesthetic, it's nonreactive. This is a termination, a fine resemblance, but no relation.
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quinta-feira, outubro 24, 2024
quinta-feira, março 21, 2019
estudos, esboços & esquissos
Uma rima não é o meu mambo.
Eu vivo para cantar, mas não sambo.
Todo o esforço é inglório quando
És um escanzelado com uma fúria de Rambo.
Uma rima no tempo da adolescência
Era a arma para vomitar a essência
Do que nem às paredes gritava. Paciência!
Hoje calo-me por conveniência.
Quem é que quer enfrentar demónios todo o dia?
Chapar no espelho uma cara que não dormia
E não mostrar a mais ninguém, por simpatia?
Fica sempre na gaveta a melhor poesia.
Eu escrevo esta letra por medo.
Falo demasiado para poder guardar segredo
De ser figurante nesta vida
Protagonista do meu degredo.
Rimar de punhos bem fechados: é a cena.
Vociferar contra o Estado
Como se fosse culpado
ou se o Estado fosse a cena.
Engrandecer o inimigo
Para enobrecer a sua queda.
Mas quando eu combato, meu amigo,
É para continuar na merda.
Para carregar o peso duma luta sem sentido.
Ou a de todos aqueles que estão a contar comigo.
Em cada passo em frente, sinto o peso desses mundos.
Tenho de me rir se me vejo como o Atlas de Milhundos.
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