"O mundo é destruído, em direcção ao abismo.
Entra na fila, alista-te à causa perdida.
Está na hora da revelação,
Corvos largam páginas do Apocalipse de S. João.
Canibalismo incentiva à perseguição,
A Humanidade é faminta, mastiga-me o coração.
Com o símbolo do Homem cravado na testa,
Carregam escrituras à procura da Besta.
As asas de uma ave ainda batem no petróleo
Olha o sol a engolir o último fôlego.
A voz de uma criança ainda chora após a morte
Ainda canta numa igreja destruída na Guerra Santa.
O tempo é um brinquedo de bruxedo,
Brincam com o futuro e limpam lágrimas de medo.
Vivemos numa galeria de hipocrisia,
Aquecimento global, somos estátuas de gelo.
Ele caminha entre chamas e telhados abatidos.
Não olhar à esperança de sairmos deste Inferno vivos.
Na causa daria a sua vida pelo próximo.
Soam as sirenes no quartel: herói anónimo!
O único, no último piso de um edifício,
Uma criança nos braços foi necessidade de sacrifício.
O corpo marcado por queimaduras tatuadas,
Acorda de noite sufocado pelas chamas do passado.
Um fardo pesado, é um fado embebido em mágoa.
Muitos partiram antes da primeira linha de água.
Quantos voluntários no exercício da função
Ceifados deste mundo pelas chamas da escuridão.
Jovens adolescentes, bravos combatentes.
Saudade e coragem no seio dos seus parentes.
Soldado da paz, audaz anjo na terra,
Parque da cidade em direcção ao pico da serra!
Contra tudo e contra todos,
Contra ventos e marés,
Lutas na causa perdida,
Sem saberem quem tu és.
Convicto percorro o meu caminho com fé.
Na causa daria a sua vida pelo próximo.
Convicto percorro o meu caminho com fé.
Sou guerreiro.
Herói anónimo!
Contra tudo e contra todos,
Contra ventos e marés,
Lutas na causa perdida,
Sem saberem quem tu és!"
- Dealema
This is prophylaxis, a practiced absence, a safer distance. He is a fine clinician to diagnose this, a sound decision. This is a family practice, it's anesthetic, it's nonreactive. This is a termination, a fine resemblance, but no relation.
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segunda-feira, agosto 30, 2010
domingo, julho 18, 2010
Causa Perdida (pt.1)
"Tinha uma das mãos na arma,
A outra na cabeça,
Decidiu abandonar
A sua própria existência.
Tantos anos de luta, labuta,
Anti-depressivos na gaveta.
Em cima de uma pilha de livros
Resignado, sem nenhuma dignidade,
Num quarto degradado
Na baixa da cidade.
Poeta visionário com rima sublime,
O seu pai tinha sido assassinado
Pelo Regime.
Acende um cigarro, sentado.
Ex-combatente no braço tatuado
E pensa "já não vale a pena lutar"
Relembra num poema a sua mãe a olhar
No vazio, dois filhos para criar,
A chorar o seu amor que não iria voltar.
Mas a realidade voltou.
A dor apertou
O coração e foi aí que o gatilho soltou
O som...
Chamei-me teimoso, obstinado, persistente.
Caio e levanto-me, obcecado, resistente.
Sinto um certo magnetismo pelo abismo.
Cerro os punhos, lanço golpes de exorcismo.
Os demónios interiores permanecem vivos,
Tenho que os manter latentes, adormecidos.
Continuo suspenso na ponte do rio sem margens,
Com visões de um futuro passado em miragens.
Param os relógios, o chão desaba a meus pés,
Glaciais degelam, sobem as marés.
Convicto percorro o meu caminho com fé.
Apesar das vozes que sussurram "Desiste mas é!"
As multidões rezam a S. Judas Tadeu.
Eu movo dimensões quando venço o céu bréu.
Trespassado por mil sabres no momento derradeiro.
Estarei de cabeça erguida, sou guerreiro.
Contra tudo e contra todos,
Contra ventos e marés,
Lutas na causa perdida
Sem saberem quem tu és."
A outra na cabeça,
Decidiu abandonar
A sua própria existência.
Tantos anos de luta, labuta,
Anti-depressivos na gaveta.
Em cima de uma pilha de livros
Resignado, sem nenhuma dignidade,
Num quarto degradado
Na baixa da cidade.
Poeta visionário com rima sublime,
O seu pai tinha sido assassinado
Pelo Regime.
Acende um cigarro, sentado.
Ex-combatente no braço tatuado
E pensa "já não vale a pena lutar"
Relembra num poema a sua mãe a olhar
No vazio, dois filhos para criar,
A chorar o seu amor que não iria voltar.
Mas a realidade voltou.
A dor apertou
O coração e foi aí que o gatilho soltou
O som...
Chamei-me teimoso, obstinado, persistente.
Caio e levanto-me, obcecado, resistente.
Sinto um certo magnetismo pelo abismo.
Cerro os punhos, lanço golpes de exorcismo.
Os demónios interiores permanecem vivos,
Tenho que os manter latentes, adormecidos.
Continuo suspenso na ponte do rio sem margens,
Com visões de um futuro passado em miragens.
Param os relógios, o chão desaba a meus pés,
Glaciais degelam, sobem as marés.
Convicto percorro o meu caminho com fé.
Apesar das vozes que sussurram "Desiste mas é!"
As multidões rezam a S. Judas Tadeu.
Eu movo dimensões quando venço o céu bréu.
Trespassado por mil sabres no momento derradeiro.
Estarei de cabeça erguida, sou guerreiro.
Contra tudo e contra todos,
Contra ventos e marés,
Lutas na causa perdida
Sem saberem quem tu és."
- Dealema
terça-feira, junho 08, 2010
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