quinta-feira, maio 20, 2010

15 para a meia noite e tanto por fazer ainda. o mundo, imperfeito, não tinha sido providenciado para arcar com prazos. bastava ver as proliferas ruas da amargura para perceber que 7 dias tinha sido pouco tempo. mas o ser humano, burro, insistia em actos contra-natura, em aberrações utópicas como aquela dos "prazos". ele estudava, revirava, analisava, acumulava vidas em gráficos e tabelas, em montes ordenados, ao princípio, por ordem alfabética, por temas, depois, e por fim, por nada, em cima da secretária, da cadeira da roupa, do computador e na cabeça. sentia-se uma máquina de picar o ponto em hora de ponta: muito que fazer e o trabalho pura e simplesmente não rendia. 5 para a meia noite e não ia conseguir. a escuridão, lá fora, era quente e apelava. decidiu pela criação do seu domingo. pegou no machado, e saiu.

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