segunda-feira, junho 29, 2015

"this is the end, friend."


a emoção acabou. o estremecimento, a vertigem, o arrepio. tudo acabado.
reina o medo, através de golpe de estado sem derramamento de sangue.
o medo imobiliza, prende e compra-te vícios.
cria-te ilusões para não achares que estás a viver morto,
mas morto de medo.
a esperança num sol depois das nuvens acabou.
só o medo existe.
e eu sonho com entrar em pânico.
porque o medo imobiliza, prende, compra-me vícios
e amarra-me à morte.
o pânico empurra tudo e todos, o pânico age.
o pânico é sobrevivência, nem que a sanidade fique no caminho.

quinta-feira, junho 11, 2015

a alma dos árvores


ama-te a ti própria
como eu te amei.
como eu me amo hoje.
como amo o vento que me rasga
e eleva.


"Run, run my little one
Run out to sea
Run, run my little one
What do you seek?

The canvas is high
The scheme of a life
Written in the wind
The pen, the knife"

segunda-feira, junho 08, 2015

"O vento tem entrado nos meus versos de todas as maneiras e
só entram nos meus versos as coisas de que gosto."

Ruy Belo, "Homem de Palavra(s)"

 

segunda-feira, junho 01, 2015

o sonho mágico do cáustico maldito

«'That's Mr Battle,' said Garry. 'He's crazy, but you can't help to liking him.'
Battle seemed to be dancing, singing, whispering, and talking all at once.»

Malcolm Lawry, "Lunar Caustic"