a emoção acabou. o estremecimento, a vertigem, o arrepio. tudo acabado.
reina o medo, através de golpe de estado sem derramamento de sangue.
o medo imobiliza, prende e compra-te vícios.
cria-te ilusões para não achares que estás a viver morto,
mas morto de medo.
a esperança num sol depois das nuvens acabou.
só o medo existe.
e eu sonho com entrar em pânico.
porque o medo imobiliza, prende, compra-me vícios
e amarra-me à morte.
o pânico empurra tudo e todos, o pânico age.
o pânico é sobrevivência, nem que a sanidade fique no caminho.