"O mundo é destruído, em direcção ao abismo.
Entra na fila, alista-te à causa perdida.
Está na hora da revelação,
Corvos largam páginas do Apocalipse de S. João.
Canibalismo incentiva à perseguição,
A Humanidade é faminta, mastiga-me o coração.
Com o símbolo do Homem cravado na testa,
Carregam escrituras à procura da Besta.
As asas de uma ave ainda batem no petróleo
Olha o sol a engolir o último fôlego.
A voz de uma criança ainda chora após a morte
Ainda canta numa igreja destruída na Guerra Santa.
O tempo é um brinquedo de bruxedo,
Brincam com o futuro e limpam lágrimas de medo.
Vivemos numa galeria de hipocrisia,
Aquecimento global, somos estátuas de gelo.
Ele caminha entre chamas e telhados abatidos.
Não olhar à esperança de sairmos deste Inferno vivos.
Na causa daria a sua vida pelo próximo.
Soam as sirenes no quartel: herói anónimo!
O único, no último piso de um edifício,
Uma criança nos braços foi necessidade de sacrifício.
O corpo marcado por queimaduras tatuadas,
Acorda de noite sufocado pelas chamas do passado.
Um fardo pesado, é um fado embebido em mágoa.
Muitos partiram antes da primeira linha de água.
Quantos voluntários no exercício da função
Ceifados deste mundo pelas chamas da escuridão.
Jovens adolescentes, bravos combatentes.
Saudade e coragem no seio dos seus parentes.
Soldado da paz, audaz anjo na terra,
Parque da cidade em direcção ao pico da serra!
Contra tudo e contra todos,
Contra ventos e marés,
Lutas na causa perdida,
Sem saberem quem tu és.
Convicto percorro o meu caminho com fé.
Na causa daria a sua vida pelo próximo.
Convicto percorro o meu caminho com fé.
Sou guerreiro.
Herói anónimo!
Contra tudo e contra todos,
Contra ventos e marés,
Lutas na causa perdida,
Sem saberem quem tu és!"
- Dealema
Nenhum comentário:
Postar um comentário