Mãe.
Voltei.
Barba por fazer. O cabelo oleoso e a pele cansado. Eu sei, mãe. Não pareço neste momento o melhor dos filhos. E tem dias em que o aspecto não engana.
Não me sinto de facto, o melhor dos filhos.
Parti, mãe. Tive de partir e tu não o sabias. Tive de ter a necessidade de ver o mundo por outros olhos. De encarar um novo dia, de uma nova forma que me tem escapado, mãe. Não me merecias semelhante silêncio. Mas eu acho, mãe, que o melhor seria assim. Mais eficaz.
Volto da mesma maneira que parti. À excepção dos pormenores odiosos que já referi. Volto também com o mundo nos olhos. Mas tal não alterou o homem que sou. Sempre o mesmo mendigo de palavras, insatisfeito.
Peço-te desculpa, aqui no meu regresso,
para quando tiver de partir outra vez.
2 comentários:
Madrid, Madrid... uma vida inteira pela frente em mais um texto cheio de "bem escrever". Fico contente e orgulhosa pelo teu blog.
Um beijo em ti*
O que tu queres sei eu! Foste ver o mundo, foste ver o mundo...e das brasileiras? Dessas não falas tu!!! xP Agr sim, vou tornar-me mais atenta às coisas que escreves pq só dizes mentiras. :D
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