sábado, novembro 29, 2008

vaquedo

Gado. Foi na condição de gado (e sob essa condição de ser gado) que espetaram aquela agulha em forma de trade mark no lombo. Como animal que era, e sou, e éramos todos, sucumbi-me à indiferença da ignorância em que nos mantínhamos. Tudo parecia bem assim: com a cauda lá chicoteei uma mosca ou outra e siga. O tresmalhar é impossível quando cicatriza no couro a herança do perfeito estranho que nos criou, deu de comer e campo por onde andar. Eu, gado, sou imparcial e indiferente. Porém, reconheço, fica mais complicado ludibriar o sistema, agora.

Um comentário:

D. disse...

depois de uniformizado o gado, difícil é alguma vez um deles se perder...