"i can love myself!"
ele cravava cigarros para esfarelar e fazer o tipo de cenas que ele sabia fazer como ninguém mas que por isso mesmo não oferecia a ninguém. também não havia quem lho pedisse. ele por ele passava o seu bom bocado sem passar cartão desde que lhe arranjassem um bocado de cartão para filtro. e o dia fora-lhe uma canseira! se aquela prensa caía em cima de alguém podia magoar a sério. ele era tão distraído e parecia que nada corria conforme ele queria. sentia-se um desperdício porque apesar de tudo ninguém (o mesmo ninguém de à bocado)o podia acusar de ser má pessoa. ele preocupava-se mesmo com os outros mas não queria saber apenas porque era muito susceptível e as coisas que o deixavam a pensar deixavam-no a achar que existiam mesmo dias em que parecia que tudo corria mal. tudo, do início ao fim do dia. e nem o ser word funcionava para poder largar, pelo menos, algumas das suas mágoas, desabafos bafados entre passas presas nos dedos que seguravam a cara. não tinha idade para ter juízo. só mesmo aquele eucalipto lhe valia. gigantesco e belo, talhado assim como estava pelo jardineiro, o grande jardineiro do tudo. o eucalipto e a abelha que adoptara como de estimação, nessa casa que pertencia a uma matilha possessiva de homens de passagem e não a ele. era uma boa companhia. e ele esperava que não morresse.
Um comentário:
Os eucaliptos não dão sombra, mas dão rumor, e frescurra assombrada.*
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