Como quando aquele meu inimigo de estimação de bibe vestido me apoquentava o sono, fazendo aparições no escuro, rindo-se na minha cara enquanto eu impotente, e afadamente calmo, não lhe conseguia tocar e fazia o sonho acabar com uma lambada, daquelas de puxar o braço atrás, que invariavelmente acabou na cara da minha mãe, na realidade e não no sonho, eu tropeço nessa mesma sina, ciclicamente. Ineficaz e inofensivo contra os inimigos velados, cego, aponto raiva a quem estiver por perto. Mas a resposta tem sempre um prazo, e até o último dia é dia de responder, mesmo quando não se sabe que dia será esse. Esse rapaz de bibe, tinha-se por muito esperto, porque ficava sempre com o pneu vermelho no recreio. Um dia eu fui mais rápido, e apanhei-o antes de qualquer outro rapaz. O espartalhão, tentou impingir-me um azul, tosco, com a maior cara de pau. Eu não fui na conversa, e atirei-lhe um soturno "não". A vingança foi o que menos interessou. A vitória foi poder brincar com o pneu à vontade.
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