"Dantes - mesmo muito tempo depois de me ter deixado - Anny inspirava os meus pensamentos, como se eu quisesse ser-lhe útil. Agora já não penso por ninguém, nem sequer me ocupo a procurar palavras. Mais ou menos depressa, uma corrente flui dentro de mim, mas não retenho nada. Deixo andar. A maior parte das vezes como não se prendem as palavras, os meus pensamentos ficam em estado de nevoeiro. Desenham formas vagas e engraçadas, depois imergem e esqueço-me logo deles."
Jean-Paul Sartre, in "A Náusea"
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