ter mão nos acontecimentos é uma tarefa que me ultrapassou. é a descrença que pauta o ritmo de tudo o que faço, sem, no entanto, me fazer render ao cepticismo. a procura de uma alegria de viver serena e total revelou-se infrutífera, mas como parar sempre foi sinónimo de morrer, eis-me a continuar a caminhada. sem corridas, sem passo tranquilo. sem ânsia e sem capitulação. não se trata de antecipar a derrota, mas de viver o melhor possível com a derrota sobre a minha cabeça.
o que me traz ao título desta publicação: cada rasgo, cada alegria, cada ataque à monotonia da existência não é um acto heróico, mas somente uma tentativa inglória de fazer o que parece ser certo, sem grande convicção no resultado final, mas com todo o coração que é possível colocar em semelhante empreitada. e no fim ganhar uma história parva para contar da estupidez latente daquela decisão impetuosa que se impôs aos acontecimentos. "at least i have chicken".
dou por mim a gritar, interiormente, "leeroy jenkins!" todos os dias, e cada vez mais me convenço que sem esse call to arms as coisas não aparecem feitas. a ironia da escolha deste lema em particular, é que ele não é nada senão o reconhecimento do ataque desgarrado na cara derrota completa.
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