eu não quero partir
porque faço parte desta terra envenenada.
não quero desfazer
os meus esforços e as minhas construções
até se esboroarem,
de olhos vazios postos no céu.
de olhos vazios postos no céu.
não quero competir
com o inevitável.
eu quero-te comigo
nesta viagem ultrasónica para o juízo final,
em que os nossos pais nos embarcaram.
condenados.
nunca tive a hipótese
de ser mais que uma lágrima na chuva
escoada para os esgotos
rumo ao oceano morto.
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