Os meus braços nunca serão para sempre.
Sei-o, com a teimosia
de um labrego casmurro.
Os mesmos que falam com certeza absoluta
do mundo,
pelo que lêem nos desportivos,
que vêem nos documentários de história
e sentem no medo que têm aos estrangeiros.
Jamais serei a pessoa que preciso de ser.
Tenho de parar para ver o mundo sem consequências.
Sinto que carreguei um fardo a vida toda.
(A minha missão devia ser um dom,
não um fardo.)
Apenas te posso beijar,
ver-te,
e sentir-te.
Todos os não são uma desculpa.
Eu tenho de pedir desculpa
por não ser a cura para os teus males
vastos como a Humanidade.
Apenas posso ser eu
reconciliado com o meu falhanço.
P. S.: No fim, ninguém te dará uma medalha por bom comportamento.
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