Em busca de quê?
 Cada um tem o seu Graal. Que busco eu, afinal?
 Que quero impingir a mim próprio?
 Só questiono. Perguntas mais perguntas. E sei que falta algo. Sei como quando sabemos que nos mentem, mas não sabemos até que ponto, nem em quê. E sinto que me minto a mim própro. A mais ou a menos, mas algo não está onde deveria estar.
 Ler? Comer? Beber? Amar? Beijar? Querer? Desejar? Desesperar? Enraivecer?
 O quê?
 Deus, meu, o quê?
 Terá Job questionado como eu os teus desígnios?
 A descrença é tentadora. Mas já percebi que a minha tendência para as facadinhas nas costas, só não são aplicáveis a Ti. Era como dilacerar em mim mesmo.
 Talvez tudo se resuma a saber quem eu sou, mais do que a saber resumidamente quem os outros são. Já dizia o outro, que só encontrando o que de mais universal e íntimo há em nós, é que poderemos ambicionar mostrar ao mundo. Mas para tal é preciso ser poeta dia e noite, a tempo inteiro, nem em férias deixar de ser poeta, e desesperar por o ser e não querer; é necessário ser esse ser em cada vírgula, em cada proposição, em cada artigo indefinido, em cada advérbio de modo; é necessário sê-lo nos ideais e nos banais dilemas do quotidiano. ( é necessário ter valores, mas isso não é suficiente) Ser enfadado e apaixonante. Ser Tântalo e Zeus. Odiar e amar os seus.
 Tantos Janos nos meus desejos.
 Em busca de quê?
 Que busco eu, afinal?
3 comentários:
Que buscas, tu afinal?
Que busco, eu afinal?
Que buscamos, nós afinal?
...
Enfim...
(Beijinhos=P)
Que buscas...??
Eu busco o mesmo que tu... talvez até não busquemos nada mas continuamos a busca pelo essencial.
Beijo em ti*
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