sexta-feira, agosto 17, 2007

Pensamento andante datado de 7/8/7

Em busca de quê?
Cada um tem o seu Graal. Que busco eu, afinal?
Que quero impingir a mim próprio?
Só questiono. Perguntas mais perguntas. E sei que falta algo. Sei como quando sabemos que nos mentem, mas não sabemos até que ponto, nem em quê. E sinto que me minto a mim própro. A mais ou a menos, mas algo não está onde deveria estar.
Ler? Comer? Beber? Amar? Beijar? Querer? Desejar? Desesperar? Enraivecer?
O quê?
Deus, meu, o quê?
Terá Job questionado como eu os teus desígnios?
A descrença é tentadora. Mas já percebi que a minha tendência para as facadinhas nas costas, só não são aplicáveis a Ti. Era como dilacerar em mim mesmo.
Talvez tudo se resuma a saber quem eu sou, mais do que a saber resumidamente quem os outros são. Já dizia o outro, que só encontrando o que de mais universal e íntimo há em nós, é que poderemos ambicionar mostrar ao mundo. Mas para tal é preciso ser poeta dia e noite, a tempo inteiro, nem em férias deixar de ser poeta, e desesperar por o ser e não querer; é necessário ser esse ser em cada vírgula, em cada proposição, em cada artigo indefinido, em cada advérbio de modo; é necessário sê-lo nos ideais e nos banais dilemas do quotidiano. ( é necessário ter valores, mas isso não é suficiente) Ser enfadado e apaixonante. Ser Tântalo e Zeus. Odiar e amar os seus.
Tantos Janos nos meus desejos.
Em busca de quê?
Que busco eu, afinal?

3 comentários:

Rita disse...

Que buscas, tu afinal?
Que busco, eu afinal?
Que buscamos, nós afinal?

...

Enfim...

(Beijinhos=P)

Paulo disse...

Que buscas...??

mar disse...

Eu busco o mesmo que tu... talvez até não busquemos nada mas continuamos a busca pelo essencial.

Beijo em ti*