sábado, maio 22, 2010

ela pronunciou o veredicto: ele teria de caminhar. e ele assim fez. caminhou, andou, percorreu, calcorreou, marchou, foi, veio, voltou, partiu. nem quando o sangue dos pés lhe inundou os sapatos ele parou. nem quando o sol lhe queimou a cara e secou os ossos, ou quando a chuva o transbordou para as portas da morte. transformou a sua penitência numa peregrinação a um lugar de culto que não chegava e lhe fugia com a rotação do globo.

3 comentários:

Francisco disse...

gosto muito, claro. :)

Um abraço.

bah disse...

horrível...

Street Fighting Man disse...

a plateia diverge lol mas haja honestidade e "corpos ao manifesto" que o mundo bem precisa =)