nem o teu estatuto de animal enjaulado aprisiona o brilho das tuas cartadas. deixas os visitantes na dúvida de se tratar de mero show-off, mas a ti nada disso te incomoda: vives bem com áreas cinzentas. formado na escola da vida, tiraste mestrado na nobre arte de as manipular, expandir e deslocar em função das tuas conveniências. quem te visita vê um condenado, pela própria essência, a definhar e morrer sozinho: é o que acontece aos animais selvagens em cativeiro. quem te alimenta não compreende o porquê de morderes a mão que te alimenta, enquanto a porta de saída, 24 horas por dia, está aberta.
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