segunda-feira, julho 04, 2016


"Os fantasmas do mar, dos navios e das viagens oceânicas existiam apenas nessa gota verde brilhante. Mas por cada dia que passava, mais os odores abomináveis da vida em terra se colavam ao marinheiro: o cheiro da família, o cheiro dos vizinhos, o cheiro da paz, do peixe frito, das piadas e das mobílias sempre imóveis, o cheiro dos livros de contas, da casa e dos passeios de fim-de-semana... todos os cheiros pútridos que os homens da terra deitam, o fedor da morte."

Yukio Mishima, "O Marinheiro Que Perdeu as Graças do Mar"

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