Montauk parece ser o destino de eleição para corações desfeitos se encontrarem. Se eu tivesse sido mais pró-activo em 2007 ou 2008 quando me falaste do eternal sunshine of the spotless mind, podia ter chegado a essa conclusão antes de ver um mcnulty cínico a escrever romances cinzentos junto à praia, sobre casos amorosos e sobre traição. Há erros que temos de cometer, penso eu, Houve muitas oportunidades para ver esse filme ao longo dos anos, mas o momento para o ver não me pareceu o acertado. E eu sou homem de momentos. De arrufos. De silêncios e explosões. É inegável que nesse campo, estávamos bem um para o outro. Em Montauk ou noutro lugar qualquer. A começar o errado, a partir o partido, e a recuperar o perdido. Como desmemoriados, e como traidores. Porque há erros que temos mesmo de cometer, mesmo quando já sabemos que são erros, quando, no fim do dia, no fim da linha, há uma hipótese de amor mais puro que qualquer outro.
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