Voltou a entrar no café. O pai via o noticiário da manhã de braços cruzados atrás do balcão, com a sua postura hirta e desconfortável. O Manel ria-se com os seus botões, entretido a fazer perguntas retóricas sobre tudo e mais alguma coisa. Os camionistas já tinham saído. A tijoleira do chão ressoava, por causa do nevoeiro. Estava um frio desgraçado e todos eles vestiam casaco dentro de portas. Portugal era mesmo uma merda.
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