This is prophylaxis, a practiced absence, a safer distance. He is a fine clinician to diagnose this, a sound decision. This is a family practice, it's anesthetic, it's nonreactive. This is a termination, a fine resemblance, but no relation.
quinta-feira, junho 30, 2011
We need new noise. New art for the real people
"We dance to all the wrong songs
We enjoy all the wrong moves"
quarta-feira, junho 29, 2011
terça-feira, junho 28, 2011
domingo, junho 26, 2011
a morte vem a cavalo
não os ouças quando te chamarem de puto porque vibras como um. não lhes ligues quando se rirem nas tuas costas, ou ao teu lado, ou na tua cara. não dês crédito aos que disserem que não é assim que se salta, que se bate ou que se berra. não te importes com quem te olha de soslaio como se tivesse um pedacinho de merda debaixo do nariz. curte como curtes melhor, sem limites, do princípio ao fim, como nunca curtiste antes, até ao próximo concerto que te fizer curtir ainda mais.
sabes bem que essa é a verdadeira forma de sair com um sorriso rasgado do meio da corja, pelos braços daqueles que sem perceberes bem como, acabam por estar sempre onde tu precisas na hora de seres feliz.
sábado, junho 25, 2011
sexta-feira, junho 24, 2011
quinta-feira, junho 23, 2011
Fura-me as fintas parte 3
2ª temporada de Fura-Vidas é altamente recomendável acompanhada de pastilha elástica. excepto quando o Vítor Espadinha puxar do microfone. algumas das tiradas mais emblemáticas:
"Eu também senti muito a falta do meu pai quando ele se pirou de casa. Ainda andei ali uns bons 15 minutos desorientado até me habituar."
"- Isso por lei não é permitido Joca, é «incenso». Se tu te casasses com ela, eu passava a ser teu sogro.
- Oh, que merda...
- A tua sogra passava a ser tua tia, tu ficavas primo em 2º grau da tua mulher, e o avô sabe Deus o que seria... Fada madrinha!"
"Se ele (cão) te morder, não lhe grites, que ele fica nervoso"
"- Basta-me olhar po focinho daquele vocalista o "Anibál Canibal" para topar logo o género...
- Que é que tem o Aníbal? E além disso, Canibal é só uma alcunha.
- Bastou arrancar a orelha dum tipo à dentada para o marcarem logo com uma alcunha dessas. Coitadinho...
- Não foi só a orelha..."
"Isto é bestial. Eu a pensar que vinha ouvir uns saloios suburbanos quaisqueres a suarem como gatos a serem esfolados vivos sem anestesia, e afinal vocês são muita bons"
"A semana passada, quando estávamos a decidir quem ia ás compras, tu disseste que a mãe mesmo antes de morrer tinha dito «Quim, manda o Joca ao talho.»"
"Aquela mulher pode ter a barriga cheia de gente. Ainda somos expulsos do apartamento por dirigir um infantário."
"- Esquece Graciete, esquece! O bebé é castanho!
- O King também é.
- Pois é! Mas só ladra, não me chama pai!"
"- Um homem espectacular (o avô). Foi ele que tomou conta de mim quando a minha mãe se foi...
- Então e o teu pai?
- Morreu uns anos antes de eu ter nascido..."
super massivo solar buraco
eles dizem que crianças tratadas como adultos não passam a barreira dos 3 anos. continuando a confundir pessoas com objectos, incapazes de alimentar respeito. e assim proliferam toda a sorte de delinquentes e inadaptados. fiz o meu exercício de reflexão durante o banho: joelhos esfolados, dedos cheios de feridas, ombros a descascar do escaldão que a minha mãe não pôde prevenir com protector, unhas por cortar, remédios por tomar. ganho coragem de olhar para o espelho e lhe perguntar, afinal, qual é a minha idade. a barba e as olheiras não enganam e chutam para os 23. resmungo, à waddington, que já me deram bem menos. vou procurar um outro cubículo sem fim para converter em castelo, fortaleza ou nave espacial, e vamos ver quem é que é o adulto desta história.
"Hang my head, drown my fear
Till you all just disappear."
quarta-feira, junho 22, 2011
life gave us a poker shot
"I can settle down
And be doing just fine
Till I hear an old freight
Going down the line
Then I hurry straight
Home and pack
And if I didn’t go
I believe I’d blow my stack
I love you baby
But you must understand
When the Lord made me
He made a ramblin' man."
And be doing just fine
Till I hear an old freight
Going down the line
Then I hurry straight
Home and pack
And if I didn’t go
I believe I’d blow my stack
I love you baby
But you must understand
When the Lord made me
He made a ramblin' man."
TONTO
"tens-me pela garganta!"
tonto, maluco, comido, fodido dos cornos
tens um problema em armar a puta
di-lo, di-lo, vá, aprochega-te e berra lá
"vai pa puta que te pariu!"
nós os dois vamos fazer essa merda, testa com testa
antes de recuarmos tensos, sem voltar costas
e afastarmo-nos de punhos cerrados
domingo, junho 19, 2011
quinta-feira, junho 16, 2011
quarta-feira, junho 15, 2011
I Should Have Known
"I should have known, that it would end this way
I should have known, there was no other way
Didn't hear your warning
Damn, my heart gone there
I should have known, look at the shape you're in
I should have known, but I don't write in
One thing is for certain,
As I'm standing here,
I should have known
Lay your hands in mine
Heal me one last time
Though I cannot forgive you yet
No I cannot forgive you yet
To leave my heart intact."
terça-feira, junho 14, 2011
há cigarros que gostávamos que nunca terminassem. como se aquele vício fosse uma escapatória, ou até uma cura. julgamos que por aguentar muito tempo sem ele o superamos, e até fazemos orelhas moucas à traça que nos corrói e amolece. mas ele está lá. não importa o quanto nos julguemos melhor do que ele. e quando, por fim, sucumbimos a dar azo ao vício, porque, afinal, até há especialistas que dizem que não são três cigarros por dia que matam uma pessoa, começamos por perceber a inutilidade de lhe dar seguimento: éramos de facto, muito melhores sem esta morte portátil a prestações. só que no fim, com a última passa, chega a verdade. o hálito manhoso. o fumo na traqueia. a dificuldade em respirar. o cancro, por outras palavras. e aí renasce a culpa. e o ódio ao cigarro que não tem culpa nenhuma. e às mãos dilaceradas que o levaram à boca. gostávamos tanto que este cigarro nunca terminasse. para poder guardar para sempre aquele limbo que separa a nossa superação orgulhosa, deste estado vegetativo que não é mais que uma derrota com todas as letras.
e será sempre assim. sempre que puxarmos desse cigarro.
"padece de imbecilidade".
"obrigado pelo óbvio, cretino"
mas eu tinha de dar a mão à palmatória: viciado em imbecilidade desde o primeiro dia em que articulei palavras, não haveria outro desfecho para mim que não o presente: uma morte lenta e cancerosa, afogada em imbecilidade. impregnado de dores coluna acima, a impedir-me de concretizar as mais elementares tarefas biológicas sem umas guinadas valentes. os membros, então, há muito que deixaram de me obedecer. tremem, tremem, ao ponto de um raquítico osteoporoso com parkinson parecer o usain bolt, à minha beira. só a língua funciona às mil maravilhas: não sei porquê estas maleitas têm o irónico e cruel condão de manter operacional a causa da nossa desgraça. não que eu tenha ao dispor o arsenal de léxico necessário para insultar este mundo e o outro, conforme bem merecem, porque a doença já se alojou na garganta e os impropérios, de tão gaguejados já parecem soluços de choro. tentei pôr um ponto final nesta história, a sério que tentei! gemi, gani, vociferei, calei, recalquei, maldisse, bendisse, fiz o diabo a sete e nada. continuava tão imbecil como na hora do meu parto. e se me venho safando a ouvir um 'bem te avisei', pelo reiterar do vício, Deus, como eu odeio, quando não me livro do maldito 'tentar não chega, é preciso fazer'. como é que no caralho deste mundo um imbecil deixa de o ser?
por isso é que eu vou acabar este texto agora.
Post Scriptum: já se antevia o final desde a primeira frase.
segunda-feira, junho 13, 2011
fuckin wild
"You know I've seen a lot of what the world can do
And it's breakin' my heart in two
Because I never wanna see you a sad girl
Don't be a bad girl
But if you wanna leave, take good care
I hope you make a lot of nice friends out there
But just remember there's a lot of bad and beware"
And it's breakin' my heart in two
Because I never wanna see you a sad girl
Don't be a bad girl
But if you wanna leave, take good care
I hope you make a lot of nice friends out there
But just remember there's a lot of bad and beware"
Further On Up The Road
"Now I been out in the desert just doin' my time,
Searchin' through the dust, lookin' for a sign.
If there's a light up ahead, well, brother I don't know.
But I got this fever burnin' in my soul."
sábado, junho 11, 2011
da "garra indomável" e outras considerações
Não serei propriamente o típico homem do interior (uma vez que para todos os efeitos a minha cidade natal é no distrito do Porto, a meros 30 km do mar), no entanto, julgo-me mais ou menos capaz de compreender a realidade de um, bem como à "garra indomável" que Cavaco Silva recordou. Cavaco tornou-se muito revivalista: relembra o mar, a agricultura, o interior, tudo pastas cujo estado actual de coisas devem ao seu cunho. A desertificação do interior (a par da reciclagem, defesa do ambiente e outras baboseiras que tais) é algo com que sou confrontado desde os bancos de escola. Como tal, algo com que fui solidário desde que me lembro. Sempre julguei que não houvesse grandes discórdias quanto aquele tópico, por ser facilmente comprovável, no entanto, existe um snobismo latente que impossibilita que se ataque as causas do problema. Diz-se: o interior é bonito e as pessoas do interior são lutadoras; ao mesmo tempo desdenha-se que o interior é aldeia, e as pessoas do interior são incultas. Vá se lá saber porquê, o país cultivou uma admiração muito parola pelo seu interior, só apreciando a sua beleza pelo carácter de postal turístico, pelo potencial fotogénico para telenovela. No fundo o interior, e as suas gentes são tão bonitos, quanto um leão no jardim zoológico. Chegamos a uma altura em que já vemos de tudo: hotéis de 5 estrelas no Douro vinhateiro para aumentar a oferta de turismo, gente que menospreza tudo quanto ao interior diz respeito a avançar com teoremas para a sua preservação. Mas tudo isto é válido, ainda assim. O que na minha opinião urge combater é este sentimento de que o interior serve para agricultura, que as suas gentes são uma cambada de lavradores iletrados, que só merecem a nossa atenção por serem coitadinhos ou não saberem cuidar deles próprios. Porque isso é um erro tremendo. Mais ou menos simples, mais ou menos letrados, mais ou menos genuínos, mais ou menos íntegras as pessoas do interior não são extraterrestres, tão pouco débeis mentais, e descobrem um caminho, uma forma de sobreviverem ao esquecimento que lhes devotam. Como ao longo do século XX o fizeram para fora deste rectângulo maldito. Ninguém espera que num país onde a chica-espertice ainda recebe mais louvores que o esforço se perceba a importância de lutar por uma parte do país que há décadas (mais até?) está esquecida. Agora, dispensam-se discursos de coitadinho: o que as pessoas do interior não querem é que as continuem a tratar como portugueses de segunda. Talvez quando este ponto ficar assente, se possa começar a tratar de forma igual o que é igual e de forma diferente o que é diferente sem falsos paternalismos
quinta-feira, junho 09, 2011
The Bad Thing
"Do the bad thing,
Take off your wedding ring,
But it wont make it that much easier, it might make it worse"
quarta-feira, junho 08, 2011
"this is not about you, this is not about..."
a coisa faz-se com dois paus. dois paus e uma bola vazia. pendura a t-shirt numa dessas cadeiras: moço, nem imaginas o que esta merda vai fazer dos teus poros.
trata de correr e não vires as costas à luta, porque eu sou um filho da puta e não tenho qualquer problema em te dar uma marretada, porque sou um desleixado e não meço a força do meu swing. e este jogo é musculado. concebido para nos deixar de rastos.
vamos fazer isto, um após um, mano após mano, noite adentro, ás tantas com os copos, e ainda assim manter a cabeça, suada, fria, para não arrancarmos os olhos um do outro.
a água não nos mata a sede, nem o cansaço nos abate o ânimo. nestes minutos fomos feitos para a arma castanha que carregamos.
Sentido? Objectivo? cair redondo na cama, de sorriso na cara, porque cumprimos o nosso dever, que não existia antes de nos termos lembrado desta parvoíce, e que a História jamais esquecerá, porque quem venceu ou perdeu já ninguém se lembrará.
terça-feira, junho 07, 2011
Hate
"half of it is innocent
the other half is wise
the whole damn thing makes no sense
I wish I could tell you a lie
hey, come here
let me whisper in your ear:
I hate myself and I want to die."
Fura-me as fintas parte 2
Como a coladela em Fura-Vidas continuou, eis mais algumas pérolas da 1ª temporada:
"Vá lá, Joca. Divertiste-te um bocado. Bebeste uns copos valentes. Praticaste um bom 'toma-toma', dá-me-dá-me'. Ponto final. O que é tu querias mais?"
"Já teve todas as doenças possíveis e imaginárias. Desde tuberculose galopante até febre de sábado à noite. Um dia estava a fazer os trabalhos de casa, perguntei-lhe o que era um metro cúbico. Ele não sabia, mas não foi trabalhar durante uma semana com a desculpa que tinha apanhado essa doença!"
"Bestial. Mal posso esperar para preencher o meu novo B.I. Nome da mãe: Mariana Fintas. Nome do pai: Secção de Metais da Orquestra do Maxime."
"Só lhe pedi para pôr o vinho tinto a chambriar e o sorvete no congelador. Mas o avô tinha que trocar tudo! Às nove horas da noite o que é que eu tinha para oferecer à rapariga? Uma papa de morango cozida e um chupa-chupa em forma de vinho tinto."
"- O meu velhote não quer nada comigo...
- Se calhar ainda não te perdoou aquela vez que o prendeste."
"- Ainda no mês passado um polícia veio cá entregar um cão que tinha desaparecido ao Gaitas do Quiosque, e foi praí um reboliço do caraças.
- Quê? O Gaitas foi-se ao bófia?
- Qual quê? Foi-se, mas foi ao cão. Mordeu-o todo! Ficou lixado por andar com más companhias."
"- Eu não posso começar a reunião sem o vice-presidente na mesa. É o que está aqui nos estatutos.
- Então, e vai demorar muito?
- Eih! vamos ter de esperar uma eternidade. Ele morreu faz 15 dias."
"A cigarreira do meu avô. Levava-a sempre com ele quando esteve em África. Isso que tens aí na mão é um pedaço da História. Não é como essas palas do Camões que o Quim anda a impingir aos turistas.
- E o que é esta mossa aqui?
- Essa mossa também tem uma história... Uma noite, o meu avô estava de sentinela. Ali! No meio do mato... sozinho... E, de repente, apareceu um atirador! Disparou direito ao coração, mas ele tinha a cigarreira no bolso e a bala acertou na cigarreira!
- Eishh! Salvou-lhe a vida!
- Não. A bala fez ricochete, subiu-lhe pelo nariz e estourou-lhe os miolos."
"Na vida como nas antiguidades, não é Pilar? Cada um por si."
"- É verdade, ó Quim, lembras-te daquele casaco que vendeste ao meu pai? Faz-lhe uma marreca nas costas...
- É natural. Pele de camelo genuína!"
"- A Virgem. É o que eles chamam a pessoas como eu... As paredes vão sussurrar: «virgeeeeem... oh virgeeeeem». Eles vão fazer esperas no duche. Eu vou ter lâminas no sabonete e bocados de vidro na cama.
- Mais tarde ou mais cedo acabas por te adaptar, Joca..."
"- Então porque é que tu disseste que eu ia apanhar dez anos de prisão, e que já me chamavam o tarado de Sapadores, e que havia um grupo de moradores pronto para me lincharem?
- Tava a reinar!"
segunda-feira, junho 06, 2011
Love
"Love with my will
Love just what I can
Blood, it's all there is
In times of trial and loneliness
Too dark for finding my ground
And trees shiver and sway
If you ever seen something go down
To keep in mind all of your days
Lord you know where I been
And you know why I came
Look, I'm all done in
Pray don't send me back again
Tell her I wanted to say goodbye
Before the light was dead and gone
Tell her I didn't want to lie
Left here well enough alone
Lord you know where I been
And only you know why I came
Blood, it's all there is
Pray don't send me back again
If I stayed away too long
Many times I lost my way
If you ever been skeleton low
If you ever heard somebody say
Baby, baby
Don't you know about love."
Love just what I can
Blood, it's all there is
In times of trial and loneliness
Too dark for finding my ground
And trees shiver and sway
If you ever seen something go down
To keep in mind all of your days
Lord you know where I been
And you know why I came
Look, I'm all done in
Pray don't send me back again
Tell her I wanted to say goodbye
Before the light was dead and gone
Tell her I didn't want to lie
Left here well enough alone
Lord you know where I been
And only you know why I came
Blood, it's all there is
Pray don't send me back again
If I stayed away too long
Many times I lost my way
If you ever been skeleton low
If you ever heard somebody say
Baby, baby
Don't you know about love."
sexta-feira, junho 03, 2011
"tira a mão da minha perna, isso é assédio, cabra! e essa aliança no teu dedo não me está a motivar nada."
"Acho que sou só um sacana nervoso com um temperamento temperamental tempestuoso."
5 anos, pensados assim, em número ou por extenso, adquirem uma proporção mais próxima do seu peso. há 5 anos, dividia-me integralmente entre duas cidades, num vaivém neurótico, martelava na cabeça que fazer os exames eram a minha prioridade, embora não soubesse qual o fruto daqueles exames dali a 4 anos (sim, há 5 anos ainda o curso era de 5 anos também). há 5 anos decorava letras de bandas recém-descobertas e que se viriam a tornar clássicos dos 5 anos seguintes. agonizava o que no verão desse ano ficaria por fazer, enquanto amigos planeavam festivais e viagens. sofria dos males de um amor, que 5 anos depois não tem valor absolutamente nenhum. tinha menos barba, e menos peso. menos paciência também. há 5 anos cruzava-me com ilustres desconhecidos que se viriam a tornar bons companheiros ou odiosos desconhecidos, convivia com amigos que se tornariam conhecidos, e cumprimentava conhecidos que se tornariam irmãos. mas a quem há 5 anos eu chamava amigo, continuo a fazê-lo. no final de contas, interessaram-se sempre os mesmos. há 5 anos atrás, um cigarro ainda era uma aventura e não uma frustração. há 5 anos só tinha uma casa, e longe estava eu de imaginar que tivesse duas. há 5 anos a estadia na amorosa era aguardada com expectativa: hoje um mito. há 5 anos juntava trocos, para os esbanjar de cabeça erguida em livros e cd's, agora não os junto e gasto-os bem gastos. 5 anos passados e os bragas, cedofeita, faup, palácio, leões e santa catarina continuam a ser bons velhos amigos. e onde é que há 5 anos atrás eu me imaginaria um dia com um traje, com uma pandeireta nas tunas que desprezava, irmanado com mais de 30 macacos. há 5 anos, ainda Penafiel era um refúgio e não uma prisão. há 5 anos, era exactamente o mesmo, mas mais puro. hoje, sou exactamente o mesmo, com mais cicatrizes, mas não menos burro.
Noites quentes e um candeeiro por companhia.
Post Scriptum: o texto parece melhor se lido ao ritmo da música.
Do meu refúgio posso ditar-me observador, apontar o candeeiro ao vazio do fim da rua, onde se cruzam outras ruas e questiono-me se haverá nelas vida. Acho-me tão sozinho nesta escuridão que vai do céu à planta dos pés.
Gostava de saber montar um telescópio que me permitisse olhar para além dos confins da minha cobardia. A que começa neste lugar e se alarga pelas estradas sem carros, até perder de vista.
Post Scriptum: o texto parece melhor se lido ao ritmo da música.
quinta-feira, junho 02, 2011
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